A leptospirose é uma doença que acomete animais e humanos através de uma bactéria do gênero Leptospira. Constitui-se uma potencial zoonose com maior freqüência nos meses chuvosos (sazonalidade), em áreas alagadas e/ou deficientes em saneamento básico.
Ela se desenvolve no organismo dos ratos de bueiro, que constantemente estão em contato com sujeira, fossas e esgotos.
A leptospirose atinge principalmente o fígado e os rins, trazendo aspectos típicos da doença, como a cor amarelada das mucosas
A transmissão normalmente acontece por meio da urina do rato, que pode ser propagada pela água de rios, córregos e enchentes.
Quem mora em casas deve ter atenção redobrada: os ratos podem entrar nos quintais de casa e urinar para marcar território. Um dos grandes problemas nesse sentido é que a ração do seu cachorro pode ser o destino de um rato, que marcará seu território diretamente na comida ou agua do pet.
Nesses casos, o risco de infecção é alto, pois a doença é contraída através da penetração da bactéria nas mucosas – boca, língua, olhos e ferimentos abertos.
A bactéria é incapaz de se multiplicar fora do hospedeiro e sua sobrevivência é determinada pelas condições do meio ambiente, podendo encontrar-se viável até 180 dias em solo úmido ou em coleções de água.
Nos cães, a doença é caracterizada por lesões renais e/ou hepáticas e, às vezes, podendo desencadear um quadro de septicemia . Nos casos crônicos, são observadas seqüelas como doença renal crônica. Em gatos esta enfermidade é rara.
Em cães, a sintomatologia da leptospirose é variável, podendo apresentar-se sob as formas aguda, hiperaguda ou crônica. Os sinais clínicos dependem da idade do animal, imunidade do hospedeiro, fatores ambientais e a virulência .
Infecções hiperagudas desencadeiam leptospiremia intensa, choque e morte do animal.
Em infecções menos agudas observam-se febre, falta de apetite, vômitos, desidratação, sede,urinar muita vezes, e relutância ao movimento. Com a progressão do quadro pode surgir dificuldade de urinar.
Na forma crônica, podem não haver sinais clínicos evidentes. O animal pode apresentar febre sem motivo aparente e conjuntivite, ou pode permanecer como portador assintomático.
Em animais jovens que não foram vacinados, ou cujas mães não foram vacinadas, tem-se evidente um risco maior de desenvolver a doença hiperaguda, podendo levar o animal a morte devido à septicemia ou hemorragia.
O diagnóstico consiste em detectar a bactéria no sangue ou na urina do animal acometido. .
Deve-se também realizar o diagnóstico diferencial para uma variedade de enfermidades, hepáticas, neoplásicas, renais e infecciosas.
O tratamento da leptospirose é realizado com potentes antibióticos que inibem e eliminam a Leptospira. Em paralelo, medicamentos de suporte com foco nos órgãos debilitados também devem ser aplicados, assim como suplementos e uma dieta específica e especial, levando em consideração que o trato gastrointestinal possa estar comprometido.
Na grande maioria dos casos, os cães contaminados devem ser internados de forma integral ou parcial, de acordo com o estado de avanço da doença no organismo.
Eles devem ficar em clínicas com estruturas especiais, e isolados para que o contagio a outros pets não aconteça!
A prevenção ainda é a melhor opção !
Mas os protocolos de vacinação precisam ser individualizados pois em alguns casos é necessário um protocolo diferenciado a cada 6 meses , ao invés do protocolo anual.
Comments